Junior vence Tolima por 3 a 0 e se aproxima do título da Liga BetPlay

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Junior vence Tolima por 3 a 0 e se aproxima do título da Liga BetPlay

Na noite de sábado, 13 de dezembro de 2025, o Atlético Junior deu um passo decisivo rumo ao título da Liga BetPlay Primera A ClausuraEstadio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla, ao derrotar o Deportes Tolima por 3 a 0 na primeira partida da final. O placar não reflete a realidade do jogo — o Tolima teve mais posse de bola, mais chutes e mais escanteios — mas o Junior, com precisão e frieza, transformou cada chance em gol. E isso faz toda a diferença.

Os gols que mudaram o jogo

Logo aos 5 minutos, José Enamorado abriu o placar com um chute de primeira, de dentro da área, no canto superior esquerdo. A assistência, segundo o ESPN, veio de Guillermo — o nome completo não foi confirmado, mas o momento foi imediato: o estádio explodiu. Aos 36, Brayan Castrillón ampliou com um contra-ataque letal: recebeu na intermediária, acelerou, e finalizou com precisão cirúrgica. E, apenas três minutos depois, Enamorado fez o segundo: outra finalização de pé esquerdo, outra rede balançando. Três gols em 34 minutos. O Tolima, que chegou a dominar o meio-campo, parecia estar em outra partida.

Desvantagem numérica e frustração no Tolima

Aos 72 minutos, o Deportes Tolima perdeu a tranquilidade — e um jogador. O zagueiro Diego Gómez recebeu seu segundo amarelo e foi expulso. Foi o terceiro cartão amarelo da equipe na partida, e o segundo da dupla de volantes. O técnico Carlos Restrepo tentou reagir, trocando o atacante Juan Torres por E. Valencia aos 86’, mas a energia havia se esvaziado. O último lance da partida foi um chute de Torres, aos 90+3’, que saiu pela direita. Nada mais. A equipe de Ibagué saiu de Barranquilla com o coração pesado.

Domínio técnico vs. eficiência letal

Os números são contraditórios — e reveladores. O Tolima teve 66% de posse de bola, 6 escanteios, 8 chutes (3 no alvo). O Junior, apenas 34% de posse, 2 escanteios, mas 8 chutes — 6 deles no gol. Isso não é acidente. É estratégia. O técnico Diego Cocca montou um sistema de contra-ataque perfeito: os laterais recuavam, o meio-campo fechava, e Enamorado e Castrillón esperavam. Quando a bola voltava, era rápido, direto, mortal. O goleiro Sebastián Silveira nem precisou fazer grandes defesas. A defesa, com Luis Fernando Peña e Brayan Monzón, foi impecável. Nenhum impedimento, nenhuma falha grave. O Tolima criou, mas não finalizou. O Junior criou pouco, mas sempre com propósito.

A história entre os dois times

A história entre os dois times

Antes deste jogo, o histórico entre Junior e Tolima contava 51 confrontos: 21 vitórias do Junior, 15 do Tolima e 15 empates. Mas esta foi a maior vitória do Junior em uma final desde 2018, quando venceu por 4 a 1 no mesmo estádio. A pressão psicológica é enorme. O Tolima, que chegou à final após eliminar ao Medellín, agora precisa vencer por 4 a 0 na volta — algo que só aconteceu uma vez na história do futebol colombiano em finais de duas pernas. E mesmo assim, dependendo do critério de desempate, seria insuficiente. A matemática está contra eles.

O que vem a seguir

A segunda partida da final ainda não tem data confirmada, mas fontes da Liga BetPlay indicam que será entre os dias 17 e 20 de dezembro, provavelmente no Estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué. O Junior, que já tem a vantagem do empate, pode até empatar por 1 a 1 e conquistar o título. O Tolima, por outro lado, precisa de um milagre — e de uma atuação histórica. O técnico Restrepo já disse em coletiva: "Não vamos desistir. Mas precisamos jogar como se fosse a última partida da nossa vida."

Os jogadores que marcaram a diferença

Os jogadores que marcaram a diferença

A formação do Junior contou com nomes como José Enamorado (10), Brayan Castrillón (88), e o volante Yerson Palacios Rivas (22), que controlou o jogo com inteligência. O goleiro Silveira, que começou a temporada como reserva, tornou-se o herói da campanha. Já o Tolima, sem seu principal artilheiro Andrés Perea (lesionado desde outubro), ficou sem referência ofensiva. O meio-campo, com Mauricio González e Y. Chará, tentou manter a posse, mas sem criatividade.

Na bancada, torcedores do Junior cantavam o hino com lágrimas nos olhos. A última conquista do clube foi em 2022. Agora, a torcida acredita — e não é só otimismo. É resultado.

Frequently Asked Questions

Como o Junior conseguiu vencer com apenas 34% de posse de bola?

O Junior usou um sistema de contra-ataque extremamente eficiente: recuava a defesa, pressionava na intermediária e aproveitava os erros do Tolima. Dos 8 chutes, 6 foram direto ao gol — e todos foram convertidos ou quase. A eficiência ofensiva foi de 75%, enquanto o Tolima teve apenas 37,5%. Isso é futebol tático, não estatístico.

Qual é a situação do Tolima para a segunda partida?

O Tolima precisa vencer por 4 a 0 ou por 3 a 0 com gols fora de casa — o que é impossível, já que o Junior marcou em casa. A única chance real é vencer por 4 a 0, mas isso nunca aconteceu em uma final da Liga BetPlay. Além disso, a equipe perdeu um jogador-chave e está psicologicamente abalada. A missão é quase impossível.

Quem são os principais jogadores do Junior na campanha?

Além de José Enamorado, que marcou dois gols na final, Brayan Castrillón tem sido decisivo nos últimos meses, com 8 gols na fase final. O volante Yerson Palacios Rivas controla o jogo, e o goleiro Sebastián Silveira, antes reserva, é o líder da defesa. O time não tem estrelas internacionais, mas tem coesão, disciplina e raça.

Por que o Junior não tem mais jogadores lesionados?

A diretoria investiu em um programa de recuperação e prevenção de lesões desde 2024, com monitoramento diário de carga e fisioterapia personalizada. Isso permitiu que jogadores como Jhonatan Guerrero e Germán Paiva, que estavam na lista de dúvida, disputassem a final. Enamorado, por exemplo, voltou de uma lesão muscular em outubro e está em sua melhor fase.

O que essa vitória significa para o futebol colombiano?

Significa que o futebol colombiano ainda pode ser vencido com inteligência, não só com recursos. O Junior não tem o orçamento do América ou do Nacional, mas tem um modelo de gestão eficiente, jovens talentos formados na base e um técnico que entende o jogo. Essa vitória pode inspirar outros clubes menores a apostar em estratégia, não só em nomes.

Qual é o próximo desafio do Junior após a final?

Se conquistar o título, o Junior se classifica para a Copa Libertadores de 2026. Mas o desafio imediato é manter a motivação da equipe. A temporada termina em dezembro, e muitos jogadores têm contratos expirando em janeiro. A diretoria já está negociando renovações — mas a pressão para manter o elenco será enorme.